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Asma Felina

As vias aéreas superiores são constituídas pelas narinas, laringe e traqueia, e as vias aéreas inferiores são os pulmões. Dentro dos pulmões temos os brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares. Na asma, as estruturas mais afetadas são os brônquios que tem como função encaminhar o ar da traqueia para os alvéolos, onde ocorrerão as trocas gasosas.

O termo asma é usado de uma forma abrangente para muitas doenças do trato respiratório inferior, mas outros termos existem para nos referirmos a mesma patologia, tais como: bronquite alérgica, bronquite asmática crónica, entre outros. A bronquite crónica, apesar de ser em quase tudo semelhante à asma, a grande diferença é que na asma os danos causados nos pulmões são reversíveis, já na bronquite crónica são irreversíveis. Porém é difícil distinguir as duas patologias.

 

A asma ocorre quando um gato inala ou tem um contacto direto com um alergénico ou aerossol que gere uma resposta imunológica (alérgica) que causa inflamação nas vias aéreas inferiores.

 

Esta resposta aumenta a permeabilidade vascular, causa edema, intensifica a produção de muco, provoca a contração da musculatura lisa, entre outras reações que culminam na limitação da passagem de ar pelos brônquios. Um alergénico pode ser areia sanitária, pó, ervas, produtos de limpeza, fumo, ácaros, pólen, entre muitos outros, tornando muitas vezes complicado detetar a origem da asma.

Cerca de 1 a 5 % da população mundial de gatos é afetada por esta doença, embora também se acredita que esta esteja subdiagnosticada, ou seja a percentagem de gatos afetados talvez seja superior. Gatos entre os 4 e 5 anos de idade são mais predispostos, embora possa afetar todas as idades. Não tem qualquer predisposição sexual ou racial, embora aparentemente os gatos Siameses são uma grande percentagem dos gatos afetados, mas não é possível confirmar estes dados.

 

Transmissão da asma felina

Não existe transmissão direta da doença. Ela apenas ocorre por predisposição genética a fatores alérgicos.

 

Sinais Clínicos da asma felina

Os sinais clínicos mais comuns em situações crónicas, que não são situações emergenciais, são:

  • Espirros;
  • Tosses (os gatos raramente tossem, e pouca são as patologias que dão esta sintomatologia);
  • Vómitos;
  • Prostração.

Já em situações de uma crise asmática os sinais clínicos são mais severos e, se não controlados, podem levar a morte do animal:

  • Dispneia;
  • Respirar de boca aberta;
  • Taquipneia;
  • Posição ortopneica;
  • Cianose.
Asma em gatos

Diagnóstico da asma felina

O diagnóstico definitivo não é fácil sendo necessário associar várias informações. Não existe um exame específico para diagnosticar esta patologia. Uma boa anamnese e um exame físico detalhado são bastante importantes. A radiografia é a forma mais fácil de observar os pulmões, porém nem sempre aparece alterado.

A broncoscopia é um exame que nos permite observar direta e interiormente os pulmões (feita sob sedação), e retirar algumas amostras de fluido/muco para citologia e cultura, sendo um exame complementar bastante informativo. A tomografia computadorizada também pode ser efetuada para observação do estado dos pulmões.

Quando o gato está muito afetado, pode ser necessário efetuar uma lavagem traqueal ou broncoalveolar (sob sedação), sendo que o material expelido deve ser analisado (citologia e cultura).

O médico-veterinário deve requerer umas análises sanguíneas, coprologia e ecocardiografia. Estes exames além de servirem para perceber o estado físico do animal, também ajuda a descartar a presença de outras doenças com os mesmos sinais clínicos que a asma.

Os testes cutâneos intradérmicos de alergia são outra ferramenta ao dispor do médico-veterinário. Contudo não é efetuado usualmente pois, além de os resultados serem de difícil interpretação em gatos, um resultado positivo não é sinónimo de sensibilização a esse alergénico, pode indicar apenas que o animal já este em contato com o mesmo.

O diagnóstico definitivo de asma é feito pela presença dos sinais clínicos comuns, resultados dos exames complementares e exclusão de presença de outras doenças pulmonares e cardíacas (que dão sintomatologia idêntica).

Asma felina

Tratamento da asma felina

O tratamento de asma visa apenas reduzir ou impedir os sinais clínicos. O uso de corticosteroides, para diminuir a inflamação e reação alérgica, uso de broncodilatadores, para dilatar os brônquios e permitir uma melhor passagem de ar, e evitar o contato com os potenciais alergénicos, para impedir uma reação, são as terapias mais comumente usadas.

Em caso de animais agressivos e/ou de difícil manipulação existe a possibilidade de administrar, de forma subcutânea, corticosteroides que se depositam nos tecidos corporais e permanecem no corpo mais tempo sem haver necessidade de administração oral diária de medicação.

Quando os sinais clínicos são agudos e graves o animal deve ser imediatamente levado para um hospital para uma correta intervenção médica. São animais que, além da medicação comum e que atua de forma rápida, precisam muitas vezes de oxigenoterapia e de observação constante.

Pesquisas atuais citam o uso de imunoterapia, como terapia alternativa, contudo a sua eficácia e mecanismos de ação não estão completamente elucidados.

 

Prevenção da asma felina

A melhor prevenção em casos de asma é impedir o contato ou inalação dos potenciais alergénicos. Para isto, a melhor forma é o controlo ambiental, seguem-se algumas dicas:

  • Mantendo o ambiente limpo;
  • Limpeza de mofos ou bolores;
  • Boa ventilação;
  • Aspiração frequente da habitação, de preferência com um aspirador de oó (pois não suspende as partículas alérgicas);
  • Usar produtos de limpeza com menos odor, e de preferência que não sejam em formato de aerossol;
  • Usar areia sanitária que não forma pó;
  • Não fumar perto do animal;

Além destas dicas é importante controlar o peso destes animais, pois o gato obeso tem mais dificuldade em expandir a caixa torácica, o que o predispõem ao desenvolvimento da afeção e piora a sintomatologia. Redução de stress deve também ser uma preocupação, tendo em conta que o stress piora os sinais clínicos.

 

Prognóstico da asma felina 

A asma é uma doença progressiva, que pode ocasionalmente originar situações agudas que são emergenciais. Sendo uma patologia sem cura é necessário estar atento aos sinais que o animal vai demonstrando e intervir sempre que estes forem exacerbados. No entanto, se devidamente controlado, um gato pode viver anos confortável e feliz.

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