A tiroide é uma glândula situada na região da traqueia, responsável pela secreção de hormonas, T3 e T4. A glândula tiroide é controlada pelo hipotálamo e hipófise (localizados no cérebro), sendo que esta última secreta uma hormona estimulante da tiroide (TSH).
As hormonas T3 e T4 são responsáveis pelos mais diversos metabolismos celulares atuando, por exemplo, na regulação do calor, no metabolismo dos lípidos, proteínas e carboidratos, no desenvolvimento fetal, na frequência e força da contração do músculo cardíaco, e na regulação de outras hormonas.
O hipotiroidismo é uma endocrinopatia resultante da secreção insuficiente das hormonas tiroideias (T3 e T4), sendo uma das patologias endócrinas mais frequente em cães, e rara em gatos. Esta enfermidade pode ser classificada quanto a sua origem:
Sendo esta glândula responsável por diversos metabolismos, os sinais clínicos são também variados. O hipotiroidismo não tem uma predisposição sexual, é mais frequente em animais de porte médio ou grande, e canídeos de meia-idade – 4 a 10 anos.
Algumas raças tem uma predisposição maior para a doença sendo alguns exemplos: Golden Retriever, Dobermann, Grand Danois, Beagle, Cocker Spaniel e Teckels. Não é uma doença transmitida entre animais, mas existe a possibilidade de ocorrer uma malformação genética na tiroide passada de progenitores para crias.
Como referido anteriormente, as manifestações clínicas podem ser diversas, porém o ganho de peso sem aumento da ingestão calórica é um sinal inicial e prevalente na maioria dos casos.
Além deste, outros sinais clínicos podem ser:
O diagnóstico definitivo da doença é feito através da medição sanguínea de T3 e T4 e da hormona produzida pela hipófise (TSH), anamnese e presença de sinais clínicos sugestivos. É também recomendável fazer umas análises sanguíneas gerais para descartar a presença de outras patologias e avaliar a condição física do animal. Outros exames complementares como uma ecografia a tiroide, um teste de estimulação com TSH, biopsia, radiografia podem ser requeridos.
Nos casos de hipotiroidismo primário (e secundário), não há um verdadeiro tratamento, mas sim uma regulação hormonal por administração de medicação durante toda a vida do animal. Esta medicação é doseada tendo em conta o peso do animal, e deve ser controlada inicialmente a cada 4 a 6 semanas, e se o nível de T3 e T4 estiverem normais o controlo vai sendo espaçado a um máximo de 1 vez por ano.
É necessário nestes tratamentos estarmos atentos a sinais de sobredosagem, que acontece quando a quantidade de medicação é excessiva e é causado um hipertiroidismo iatrogénico. Os sinais apresentados são perda de peso e aumento da ingestão de água, entre outros. Pode acontecer em qualquer altura mesmo o animal estando já controlado há muitos anos.
Sendo um caso de hipotiroidismo iatrogénico deve ser suspenso o tratamento/medicamento causador da diminuição da quantidade de hormonas. Em qualquer um dos casos, o animal deve ser devidamente acompanhado pelo médico veterinário.
Não existe uma forma de prevenir o hipotiroidismo primário e secundário, mas o iatrogénico pode ser evitado pelo controlo dos valores de tiroide nos casos em que os animais tomam medicações que podem originar a doença. A não administração de fármacos sem aconselhamento médico-veterinário é também uma forma de não provocar a doença.
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