A lipidose hepática é a acumulação de gordura no fígado. Esta acumulação é consequência de jejum prolongado, onde a gordura corporal se mobiliza para o fígado, acumula neste órgão, e impede o seu bom funcionamento.
A lipidose hepática pode ser primária devido a ingestão inadequada de comida (perda forçada de peso, privação não-intencional de alimento, stress). As causas secundárias são a presença de uma doença subjacente, como por exemplo, pancreatite, neoplasia, diabetes, que levam a não ingestão de alimento (anorexia) por períodos longos de tempo.
Nesta doença, os animais obesos são mais predispostos pois tem uma maior quantidade de gordura, e esta é mobilizada mais rapidamente. Contudo, qualquer animal, de qualquer raça, de qualquer idade (apesar de ser mais comum em animais dos 4 aos 12 anos) e qualquer pessoa pode desenvolver a doença.
Não é um distúrbio contagioso, nem afetado pela castração. Por norma não é uma situação emergencial, mas que deve ser rapidamente controlada, pois em alguns casos, pode levar à morte do animal. Os cães raramente são afetados por esta patologia.
Os sinais clínicos mais prevalentes nesta enfermidade são:
O diagnóstico desta doença é feito através de exames imagiológicos e laboratoriais, exame físico e anamnese. A radiografia e ecografia abdominal mostram um fígado aumentado de tamanho e com estrutura alterada. Os exames laboratoriais aparecem com um aumento das enzimas hepáticas (entre outras alterações). No exame físico é possível perceber um aumento do tamanho do fígado, e na anamnese, na maioria das vezes, o tutor refere uma anorexia mais ou menos prolongada no tempo.
O diagnóstico definitivo é feito através da biópsia hepática. Contudo, é necessário perceber os riscos anestésicos e cirúrgicos deste exame. Na maioria das vezes, como o animal se encontra fisicamente descompensado, a biópsia não é efetuada. Assim, o diagnóstico é estabelecido pela junção da informação dos exames complementares descritos acima. Devem também ser realizados exames complementares para confirmar ou refutar a presença de doenças concomitantes.
O tratamento baseia-se em alimentar o animal devidamente, e assim reverter a mobilização excessiva de gordura para o fígado. Para tal pode ser necessário a colocação de um tubo nasogástrico/esofágico ou alimentação forçada. A fluidoterapia, com suplementação vitamínica, e protetores hepáticos devem ser administrados na maioria dos gatos que padeçam desta patologia.
Quanto à administração de fármacos anti-inflamatórios ou antibióticos, depende do estado geral do animal, e da presença ou não de uma doença subjacente. Caso exista uma doença primária, esta deve ser controlada adequadamente.
Em casos mais graves, onde pode haver sinais neurológicos, o tratamento deve ser mais agressivo. A maioria dos animais deve ser mantido sob observação em clínica/hospital até se alimentarem devidamente.
Sendo os gatos obesos mais suscetíveis, a prevenção passa por manter o animal com uma boa condição corporal e exercício adequado. Uma ração de boa qualidade e com as quantidades diárias controladas deve ser algo presente na vida do animal e do tutor.
Em casos de doença primária, esta deve ser controlada e supervisionada por um profissional de forma regular. Todos os motivos de stress ou que levem ao animal a parar de ingerir alimento, devem ser minimizados e/ou eliminados. O prognóstico da doença é bom, se o tratamento for administrado a tempo. É crucial em casos de doença concomitante fazer o seu controlo.
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